NOVA DÉLHI: As críticas da equipa indiana recusam-se a ficar para trás depois de ter sofrido uma derrota contra a Nova Zelândia no segundo teste – a sua primeira derrota numa série de testes em casa desde 2012.
O girador de braço esquerdo neozelandês Mitchell Santner explorou as vulnerabilidades dos batedores indianos numa pista de Pune em curva, levando 13 postigos no jogo para dar aos anfitriões uma derrota de 113 corridas.
Antigo capitão da África do Sul AB de Villiers comentou a derrota da Índia, sugerindo que a crença de que os jogadores indianos são grandes jogadores de spin é apenas uma perceção.
“Quando se vai à Índia, os jogadores indianos são os melhores jogadores de spin, isso é percebido, mas nem sempre significa que é um facto que todos os batedores são os melhores jogadores de spin do mundo. Quando se tem um wicket com rotação e um bom lançador, por muito bom jogador que se seja, fica-se sob pressão. Se o batedor tiver a mente, a habilidade e a capacidade, pode marcar corridas em quaisquer condições do mundo”, disse ABD no seu canal do YouTube.
“Não há nada de errado com os jogadores indianos, são jogadores incríveis, todos eles, e sabem jogar spin. Mas penso que muitas equipas já se habituaram à ideia de que, quando se vai à Índia, esses tempos já lá vão. A década de 90 e o início da década de 200 já lá não estão, quando, em certas condições, somos apenas um postigo ambulante. Veja Virat Kohli, ele também marcou 100 golos na África do Sul”, acrescentou.
De Villiers considerou que, ao preparar pistas com curvas, a Índia correu um grande risco, o que se agravou ainda mais quando enfrentou uma equipa com uma grande capacidade de jogar na rua como a Nova Zelândia.
“Bem, eles perderam o sorteio no segundo teste. Penso que correram um grande risco ao certificarem-se de que o postigo gira muito do princípio ao fim. Com isso, quando se joga contra uma equipa de rua, tipos como Glenn Phillips, ninguém pensou nele como um batedor, mas um batedor de fogo mesmo nos postigos é rápido, não importa se é um batedor a tempo parcial, está no jogo. Especialmente quando se bate em primeiro lugar e se consegue as corridas, a pressão recai sobre a equipa que bate em segundo lugar. Esse é um risco que a Índia correu ao fazer um wicket seco e eles queriam jogar contra a Nova Zelândia nos seus termos”, disse de Villiers.
“Mas o problema é que, quando se perde o sorteio e o adversário consegue um total suficientemente bom, estamos sempre sob pressão. Naquela ocasião, senti que a Nova Zelândia tinha todas as respostas, especialmente no departamento de boliche. Eles tinham respostas para todas as perguntas, até mesmo os arremessadores de sementes cumpriram o seu papel”, acrescentou.