Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão rejeitou um relatório divulgado pelo Departamento de Justiça na sexta-feira, afirmando que frustrou uma conspiração iraniana para assassinar o Presidente eleito Donald Trump.
Uma queixa-crime apresentada num tribunal federal de Nova Iorque afirma que um funcionário não identificado do Corpo de Guardas da Revolução Islâmica do Irão disse a Farhad Shakeri, 51 anos, do Irão, para “se concentrar em vigiar e, em última análise, assassinar o antigo Presidente dos Estados Unidos”, Donald J. Trump”.
“Shakeri informou às autoridades policiais que foi encarregado, em 7 de outubro de 2024, de fornecer um plano para matar o presidente eleito Donald J. Trump”, acrescentou.
No sábado, o porta-voz Esmaeil Baghaei “rejeitou categoricamente as alegações de que o Irão estaria envolvido em tentativas de assassinar antigos e actuais funcionários dos EUA”, segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros.
ACTIVO IRANIANO ACUSADO DE CONSPIRAÇÃO PARA ASSASSINAR TRUMP, DIZ DOJ
Baghaei, que descreveu o relatório como “completamente infundado e rejeitado”, disse que o Irão foi acusado de cenários semelhantes no passado que foram “firmemente negados e provados falsos”.
Baghaei afirmou que a repetição deste tipo de alegações “é uma conspiração maliciosa orquestrada pelos círculos sionistas e anti-iranianos, com o objetivo de complicar ainda mais a as questões entre os EUA e o Irão”.
Baghaei concluiu dizendo que o Irão “continua empenhado” em utilizar “todos os meios legítimos e legais” a nível nacional e internacional para “restaurar os direitos da nação iraniana”.
Shakeri, que continua a monte e que se acredita estar a viver no Irão, “imigrou para os Estados Unidos quando era criança e foi deportado em 2008 ou por volta dessa data, depois de ter cumprido 14 anos de prisão por uma condenação por roubo”, segundo o DOJ.
Shakeri é também acusado de ter encarregado dois homens de Nova Iorque, Carlisle Rivera, de 49 anos, e Jonathon Loadholt, de 36 anos, de vigiar e matar um americano de origem iraniana – que “é um crítico declarado do regime iraniano” – por 100 000 dólares.
A pessoa, que se identificou como a jornalista Masih Alinejad, vive na América e também foi alvo do governo iraniano, diz o relatório do DOJ.
VER: MASIH ALINEJAD: NÃO MEREÇO SER SEGUIDO POR ASSASSINOS
“Não vamos tolerar as tentativas do regime iraniano de pôr em perigo o povo americano e a segurança nacional dos Estados Unidos”, declarou o Procurador-Geral Merrick Garland num comunicado.
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Shakeri, Rivera e Loadholt são acusados de homicídio por encomenda, conspiração para cometer homicídio por encomenda e conspiração para branqueamento de capitais, que implicam penas máximas de 10 a 20 anos de prisão.
Os promotores disseram que Shakeri também foi acusado de conspirar para fornecer apoio material a uma organização terrorista estrangeira, fornecer apoio material a uma organização terrorista estrangeira e conspiração para violar a Lei dos Poderes Económicos de Emergência Internacional e as sanções contra o Governo do Irão, cada uma delas com uma pena máxima de 20 anos de prisão.
Greg Norman e David Spunt, da Fox News, contribuíram para esta reportagem.