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Atlético chega ao ‘sexto’

A primeira e única derrota do Atlético na Liga, no Benito Villamarín, marcou um antes e um depois. Não tanto pela queda, mas pela forma de o fazer, sem nenhuma das marcas que as equipas de Simeone sempre tiveram. Assim, o técnico foi o primeiro a agir sobre o assunto. 

Ele foi claro e direto na sua mensagem de conscientização aos jogadores de futebol de que aquela imagem era intolerável. Ele também não teve dúvidas na hora de formar o time. Um mês depois, com vitórias contra Vic, Las Palmas, PSG, Mallorca, Alavés e Sparta de Praga, a sua equipa volta a ser totalmente reconhecível, fluida e com uma velocidade de cruzeiro que mantém ele muito vivo em todas as competições. Seis jogos explicados em seis chaves.

Julián Alvarez, um líder por humildade

Tudo começou em Vic, contra um rival da sexta categoria, em um palco de grama artificial e em um quadro pouco apetitoso por uma estrela. Porém, com a modesta equipe resistindo e ameaçando subir nas barbas do Atlético, Julián não perdeu as argolas para jogar os minutos finais, cair na lama… e assinar um duplo para afastar qualquer tipo de surpresa. 

Com a mesma humildade com que trabalhou, lutou e pressionou em Praga (e todas as vezes que esteve em campo) enquanto emergia como líder na derrota do Sparta com mais dois gols. Ao longo do caminho, também apareceria em Maiorca para assinar a vitória, culminando em um contra-ataque clássico. Cinco golos que reafirmam o seu estatuto de jogador ‘top mundial’, tão inestimáveis ​​como a sua vontade de trabalhar e a sua prioridade em colocar-se ao serviço da equipa (seja no ataque, na ala, no ataque ou na defesa) acima de seu brilho pessoal.

Os atacantes respondem

Apesar dos cinco gols de La Araña, a grande novidade no capítulo do diretor é que não existe ‘Juliandependencia’. Assim, apesar do seu destaque em Praga, Correa também teria tempo para apoiá-lo com outra dupla. Sem esquecer que foi mais ‘Anjo’ do que nunca na heróica vitória sobre o corno, com mais um contra-ataque que justifica a parte do antigo manual do Cholo de ser forte na retaguarda e letal após o assalto. Três gols em seis partidas.

Sorloth, por sua vez, também é outro, como evidenciam seus dois gols, contra Las Palmas e Alavés, que contrastam com os três que marcou em seus primeiros 14 jogos rojiblanco. Assim como Griezmann, artilheiro nas duas últimas vitórias, não falha na marcação.

Remates à baliza de Sorloth na LaLigaMARCA

Outro mundo com Barrios

Depois que Simeone esteve livre desde o primeiro dia, antes mesmo de o ver guiar a Espanha rumo ao ouro olímpico, que Barrios estava acima dos demais e que deveria ser o seu leme, as presenças e ausências da seleção juvenil apenas reafirmaram Cholo. 

O herdeiro natural de Koke e agora também um firme candidato à seleção nacional, impõe outro ritmo e clareza óbvia ao Atlético. Basta olhar para o seu jogo em Praga, onde deu uma ‘masterclass’ com uma taxa de sucesso de 91% nos seus 91 passes. Algo que significa que ainda não conheceu a derrota nesta temporada (oito vitórias e três empates). Na verdade, os seus dois trechos lesionados seriam fatais: seria daí que viriam os golpes contra Benfica, Lille e Bétis. No total, foram apenas três vitórias em oito jogos sem ele.

A alma de Giuliano

Um dos maiores denominadores comuns nestes seis jogos foi a presença de Giuliano. Aliás, o único em que não foi titular foi contra o Alavés, logo após estrear pela Argentina. Seu surgimento, nesse sentido, destaca como nunca antes a meritocracia pela qual Simeone se conduz, sem prestar atenção ao DNI. 

Com garra, desperdício e fé para lutar por cada bola como se fosse a última da vida, seu filho se coloca na escalação. Sem esquecer que, além da alma com que defende e honra a camisola, deixou também um golo e três assistênciasque acompanham uma atitude que serve de exemplo aos restantes.

A importância do do primeiro ao último

Minutos de qualidade, não de quantidade. A partir deste axioma que Simeone tanto repete e que é tão difícil para muitos jogadores de futebol assumir, entende-se também o sucesso do Atlético. Cada um assume seu papel, todos entendem o quão importante são aqueles que começam no início e também aqueles reservados para imprimir uma marcha diferente conforme o jogo avança. E é aí que reside um dos pontos fortes da equipa. 

Correa, nesse sentido, é o maior expoente há uma década. Mas é uma ideia já difundida. Duas vacas sagradas como Koke e Griezmann não distorcem seus gestos nem nas substituições nem após serem substituídas. É assim que a equipa vence, sendo sete dos últimos 15 golos provenientes de jogadores que saíram do banco e dez deles na última meia hora e seis nos últimos dez minutos. Porque além disso, você também não deixa de acreditar.

Um bloqueio intransponível

Embora Oblak tenha lembrado no Parc des Princes que sua fábrica de milagres ainda está ativa (a partir daí ele também adicionou o recorde de lançamento do contras com seus saques), os únicos dois gols sofridos (um em Paris e outro de pênalti contra o Alavés) respondem à solidariedade e ao trabalho coletivo louvável.

Na verdade, quando foi a vez de Musso na Copa, ele também terminou sem sofrer golos. O Atlético volta a ser granítico na retaguarda, um bloco sem fissuras e em que Julián é o primeiro defesa e a retirada de todos é uma máxima para fechar avenidas de ataque ao adversário. Desde o início do Cholismo, sucesso garantido.

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